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Institucional
Business Intelligence lançado pela Firjan mostra relevância de campos maduros para economia e segurança energética
Rio de Janeiro, 11 novembro de 2024 – A Firjan lançou na última sexta-feira (08), seu novo BI que destaca o grande potencial para aumento no fator de recuperação dos campos maduros no país. A nota técnica “A relevância de campos maduros e marginais para o estado do Rio”, também produzida pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, foi apresentada durante a cerimônia, e destacou a importância dos ajustes regulatórios para melhoria do ambiente de negócios e desenvolvimento dessa produção.
O evento abordou a defesa da ampliação de investimentos no setor, simplificação de processos, além de incentivos e agregação de tecnologias que colaboram para a maior eficiência na exploração e produção em campos maduros e marginais do Brasil.
“O incentivo contínuo a investimentos nesses campos, por meio de políticas regulatórias que evoluem com o mercado, como a redução de alíquotas de royalties em produção incremental, tem se mostrado uma estratégia eficaz para prolongar a vida útil dos campos, aumentar o fator de recuperação de óleo e gás e fomentar a inclusão de tecnologias sustentáveis que reduzem a pegada de carbono da produção”, avalia Karine Fragoso, gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan. Segundo ela, a ampliação dessas medidas pode intensificar a atratividade dos investimentos, aumentando a recuperação de óleo com menor necessidade de novos empreendimentos e aproveitando infraestruturas já existentes.
Realizado no auditório da PRIO, maior empresa independente de óleo e gás do país, em Botafogo, o evento contou com a participação de representantes do mercado e do poder público. A apresentação foi feita por Karine Fragoso, gerente geral de Petróleo, Gás, Energias Navais da Firjan, Emiliano Fernandes, presidente do Conselho Empresarial de Óleo e Gás da Firjan e Diretor Jurídico e Institucional da PRIO, Fernando Montera, gerente de Cenários de Petróleo, Gás, Energia e Naval da Firjan e por Pedro Alem Filho, gerente executivo de Águas Terrestres, Águas Rasas e Política Industrial no IBP.
Cenário destacado
No ano passado, a produção de campos maduros gerou mais de R$ 6,5 bilhões em royalties, com cerca de 70% provenientes do estado fluminense. No mesmo período, apenas os campos com benefícios de produção incremental, a partir da redução de royalties, geraram R$ 1,16 bilhão, dos quais 56% são de campos localizados no mar do Rio de Janeiro.
Atualmente o fator médio de recuperação de óleo nos campos maduros está em 20%. “Considerando que os campos destacados pelo Painel Dinâmico alcancem o patamar médio global de recuperação de óleo (30%), seria possível vislumbrar uma produção adicional de pouco mais de 4,8 bilhões de barris, o que apenas em royalties poderia se traduzir em mais de R$ 92 bilhões em arrecadação para as diferentes esferas governamentais”, destaca Karine.
Emiliano Fernandes reforçou a necessidade de se debater mais sobre tecnologias inovadoras, como tiebacks, e as garantias necessárias para que as mudanças no setor sejam efetivas: “Se nós não começarmos a olhar agora para novos incentivos e ações, vamos abreviar a vida útil destes ativos. Em um momento em que discutimos muito transição e segurança energética, o impacto neste setor seria algo crítico. Quando falamos de prolongamento de vida útil destes campos, não estamos falando apenas de royalties ou produção, mas de um importante impacto social no que tange geração de emprego, renda e capacitação”.
Sobre o BI
O BI apresentado traz um recorte e uma visibilidade especifica a dados que já existem sobre campos maduros e precisam ser destacados. Entre as propostas de melhorias no ambiente regulatório apresentadas na Nota Técnica estão: Revisão ampla da regulamentação para incentivar a adoção dos projetos de tieback (desenvolvimento de clusters de produção); Incentivar o compartilhamento de infraestrutura; Manutenção e aprofundamento dos incentivos para a operação de campos maduros e de acumulações marginais; Preço de Referência para cálculo de participações governamentais adequado à produção de campos maduros e de acumulações marginais; Manutenção do regime especial REPETRO; Exclusão do Imposto Seletivo para o setor de Petróleo e Gás Natural; e maior celeridade no processo de licenciamento ambiental.
Para baixar a Nota Técnica “A relevância de campos maduros e marginais para o estado do Rio”, clique aqui. O Power BI está disponível neste link.